É uma questão de escolha.
Os CCDs dedicados associados com pequenos refratores, de distância focal abaixo de 400mm, com qualidade ótica boa, permitirão fotografias de céu profundo e objetos, sem um grande campo. Na prática é um conjunto com valor alto, especialmente se o CCD for grande como da ASI 1600,. Pode ser associada com placas de Peltier para refrigerar o CCD diminuindo bastante os hot pixels. Para subir de nível pode usar um CCD monocromático, com roda de filtros e filtros coloridos, ou até o conjunto da Hubble Palette, obtendo imagens fantásticas. O investimento também aumenta pelo uso de uma roda de filtros, e os filtros.
Eu optei por iniciar com DSLR porque foi um investimento que uso também durante o dia e porque já tinha algum investimento em lentes para a DSLR. Uma câmara CCD só é usada à noite. Eu tenho dois newtonianos Orion de 8″ e 10″ que uso para visual e astrofotografias, e isto me satisfaz em ambos os casos, dado o meu nível de exigência dentro do razoável. Outro fator que me fez optar por esta solução foi a pequena quantidade de noites abertas na região de Curitiba para praticar.
Na Figura 1 foi usado um tempo de exposição bastante reduzido, mas a estabilidade da atmosfera naquela noite excepcional revelou bons detalhes. Na Figura 2 onde aparece a Nebulosa Running Chicken, basicamente em emissões de hidrogênio, usei mais frames, o que permitiu também revelar os Thackeray’s Globules / Bok Globules [en.wikipedia.org/wiki/Bok_globules], próximos ao aglomerado aberto.
Como eu viajo um pouco, uso uma câmera e um zoom nas viagens, e vou registrando o que vejo.
As fotos da Figura 3 e da Figura 4 foram tiradas com uma câmera que também uso para astrofotografias.
Para melhorar minhas fotos planetárias que exigem alta resolução, não teve jeito de fazer com DSLR, mesmo com uma Powermate 4x. O salto de qualidade veio só com uma ASI 290MC. Sensor pequeno para “cortar” a imagem e aumentar a imagem final.
As astrofotos de alta resolução das Figura 5, Figura 6 e Figura 7 foram feitas com uma câmera CCD ZWO ASI 290-MC associada com uma VIP Barlow 2x ou uma Powermate 4x, com telescópio de 254mm f/4.7.
Também é possível fazer boas astrofotos utilizando lentes de 135mm, 200mm e 400mm. Em certos casos apenas com essas combinações podemos capturar fotos de campos mais largos ou boas panorâmicas como no caso da Figura 8.
Com um campo maior a Figura 9 mostra a diferença entre uma câmera com sensor full frame e lente 135mm e uma câmera com sensor APS-C e lente 200mm na Figura 8.
Para as minhas opções pessoais estas câmeras e acessórios que fui adquirindo ao longo dos anos proporcionam satisfação neste hobby. Para fotografias mais sérias comecei usar autoguiagem, e um tratamento um pouco mais refinado, ainda usando Fitswork e Photoshop, como na Figura 10 abaixo.
Um entusiasta da astrofotografia deve ir além, com outros telescópios, câmeras, filtros, e softwares de tratamento, como o amigo João Vieira de Portugal que tive a honra de ajudar a moderar um grupo de astrofotografia no Google+, com excelentes publicações dos membros, mas o Google+ foi simplesmente descontinuado e tirado do ar pela Google.
As fotos do João podem ser vistas em: https://joaovieira.zenfolio.com/ e seu observatório urbano em: https://joaovieira.zenfolio.com/material de onde faz astrofotos usando filtros de banda estreita e longas capturas para eliminar a poluição luminosa.