20.04.16 Observação São Luís do Purunã

Olá.
Na quinta-feira, 16 de Abril, as 18h10 me dirigi ao local de observação afastado da cidade para aproveitar o céu limpo. Fui sem maiores preocupações com o tal vírus chinês, pois lá não tenho contato com ninguém. Já na estrada de chão, bem conservada, me deparei com um lebrão correndo diante do carro, seguindo o caminho. Diminuí a velocidade e fui apreciando a cena até o bicho encontrar uma brecha e fugir pelo capim alto.

Órion se pondo, com Vênus muito brilhante.

Inciei a montagem as 19h10, devagar pois estava com o pé machucado, e como ando bastante até o carro e o telescópio, o processo foi lento. Mesmo assim, as condições de observação estimulavam e compensavam qualquer desconforto. A mínima não passou de 9ºC, sem vento, seeing muito bom e sem qualquer orvalho. A Lua nasceria no início da madrugada, lá por 2h00.

Meu objetivo desta vez era melhorar uma captura da Markarian’s Chain. Um erro no alinhamento provocou um pouco de deriva, mas consegui um número grande de bons frames.

Markarian’s Chain com M84, M86, The Eyes e outras galáxias, em Virgem.

Orion 203mm f/4.9 + MPCC MK III + EOS 6D + Atlas EQ-G
47 × 30s @ISO 3.200
Centauro, Cruzeiro, Carinae, Grande Nuvem de Magalhães, Pequena Nuvem de Magalhães e a região do Polo Sul Celeste.

Enquanto capturava as imagens, fui apreciando o céu com o binóculos, passeando por alguns objetos, e constelações. Estava muito bom.

Após registrar o espetacular conjunto de galáxias da Markarian’s Chain, resolvi dar uma olhada em M51, nas proximidades da Ursa Maior, em Cães de Caça. Aproveitei e fiz esse registro, com o 203mm e a full frame, em um campo bastante amplo. O meu registro anterior dela foi com uma 60D.

NGC:5194 M51 GALXY RA:13h30 DEC:47º12′ m:8.4 Whirlpool CVn

Orion 203mm f/4.9 + MPCC MK III + EOS 6D + Atlas EQ-G
7 × 30s @ISO 3.200

Encerrei a sessão de astrofotos as 23h30, desmontei, guardei, e parti 0h10. Na estrada apreciei o nascimento de Júpiter alinhado com Saturno. Marte viria a seguir, mas não quis esperar, pois era tarde para um dia de semana e o dia seguinte me aguardava.

20.03.14 Observação São Luís do Purunã

Olá.

No último sábado fomos fazer uma observação, aproveitando a massa de ar seco e algumas horas de céu aberto sem Lua.

Cheguei ainda com luz do dia, e aproveitei um belo por do Sol enquanto montava o equipamento e me despedia do pessoal que desocupava a pista (algumas pessoas e um menino ficaram para olhar pelo telescópio).
Logo chegaram o Reginaldo e seus convidados, um colega de trabalho e sua filha; o Ivan e esposa. Eu montei o meu 203mm, Reginaldo montou seu espetacular 300mm e Ivan um dobsoniano de 150mm. Com três telescópios foi um astrofesta.

Fui fazendo uma astronomia na calçada com a Nathália, e o pessoal que ficou; apontando as constelações de Órion, Touro, e Cão Maior, mostrando a grande nebulosa de Órion, as Plêiades, Hyades, e depois virando para o Sul, apresentei a Caixa de Jóias, Ômega do Centauro, Eta Carine, onde me detive mais. De uma panorâmica com binóculos fui para pouco aumento (28x) até o máximo de 200x com a ocular de 5mm; com a qual pudemos observar as bolhas douradas do homúnculo. Nathália percebeu a Keyhole Nebula sem eu precisar comentar.
Dali visitamos os aglomerados abertos Whishing Well e Diamond, este último estava sem graça, e fomos para as nuvens de Magalhães, e seus objetos, Tarântula e 47 Tucanae.

No começo da sessão vimos um satélite brilhante cruzar o zênit, e mais adiante alguns viram belos meteoritos.

Por volta de 22h00 começou a ventar um pouco e o céu foi fechando rapidamente no horizonte. No alto ainda aberto pudemos apreciar Tau do Cão Maior para fechar essa proveitosa sessão de 2h30 que passou voando.

Enquanto desmontávamos batemos um papo e contamos alguns causos, perto de meia noite nos despedimos e saímos com uma lebre cruzando do campo de soja na direção do pasto dos cavalos. Na estrada a Lua nascendo foi mais um bônus da noite.

Fernando Lopes

20.01.25 Observação – São Luís do Purunã

Olá.

Cumprindo os propósitos de observar mais o céu em 2020, agarrei a oportunidade maravilhosa que se apresentou no sábado.

A última ocasião que eu liguei a montagem foi em 20.jun.19, há seis meses. Um longo período sem esse necessário contato com os céus noturnos lá no campo.
Aliás, dessa vez a proposta era diferente das últimas observações, que eram para completar astro fotos das listas de Caldwell e Messier.

No sábado a intenção era apenas observar, sem fotografar objetos, mesmo o céu e condições estando espetaculares para isso. Céu limpo, temperatura agradável de 17ºC, sem vento, sem umidade, com seeing muito bom; tudo coincidindo com uma lua nova. Um presente de Verão, e oportunidade rara de apreciar as constelações desta época.

Não pude chegar muito cedo no campo, apenas 20h30, quando fui recebido por duas lebres grandes na entrada da pista. Se esconderam na cerca dos cavalos e segui adiante, montando o equipamento e iniciando a observação 21h30.
Olhei a Caixa de Jóias, e a nebulosa planetária Blue, dois objetos na constelação da Mosca e fui para o outro lado do céu, nas Plêiades que estavam belas. Hyades a cabeça do touro, e Aldebaran bem vermelha. A nebulosa do Caranguejo também estava bem definida, naquele pequeno chumaço de algodão, sem revelar detalhes.

Neste momento chegaram familiares do Ricardo, que estavam com um chalé. Fiz uma boa astronomia na calçada com o pequeno grupo de quatro pessoas.

Dei uma espiada em Betelgeuse apenas por curiosidade pois não tinha uma observação anterior para comparar. Ainda é bem visível a olho nú, apesar de sua diminuição de brilho. Daí busquei a Flame, ao lado de Alnitak, lá no cinturão de Orion, tênue e bem definida. Espetacular mesmo estava a Grande Nebulosa de Órion, na espada do caçador. Seu trapézio revelava as duplas facilmente com o 254mm (sinal de boa qualidade no céu), sendo também nítida a De Mairan’s, colada no “pássaro”. Perceber a Running Man, foi um pouco mais difícil.

M78 estava também bem definida e bela; Tau do Cão Maior é aquele aglomerado triangular com uma estrela brilhante em frente. Da Rosset apenas o aglomerado, e uma surpresa foi a Hubble’s Variable, também bem definida e brilhante.

Olhei duas galáxias por ali: NGC 4699 e C52; que se apresentaram como fumacinhas pequenas, nessa hora de contraste pobre.

Mostrei a grande nebulosa de Eta Carinae, e colocando um bom aumento, destaquei o homúnculo que estava muito bem definido com suas bolhas. A superior (na imagem) mais brilhante e a inferior um pouco apagada; mais um atestado da boa qualidade do céu. Uma passada pelas Plêiades do Sul e chegamos à Tarântula lá na Grande Nuvem de Magalhães, estupidamente nítida e detalhada com sua renda fascinante.

Ômega do Centauro não estava tão bela, ainda um pouco baixa, nem as galáxias Centaurus A e Tweezers com pouco contraste. Legal foi constatar que o pessoal aprendeu a usar a visão periférica para ver esses objetos. Mostrei novamente Órion, Plêiades, e se despediram.

Aproveitei e me concentrei em localizar e observar a nebulosa planetária do Eskimó que também estava bem definida.

Durante a noite vi dois meteoros longos e fracos riscarem o céu na direção sul/oeste, como é habitual observar no local.

Com a ajuda do GoTo e do Astromist no Palmtop, a noite rendeu e assim aproveitei o presente raro.
Encerrei 1h45, guardei a tralha e parti. Lá estavam novamente as lebres.
Imagino que aquela raposinha não anda por ali, ou já teriam sido jantadas.

Fernando.

16.12.24 – Teoria da Manivela ou Engrenagem do Universo

Semanas atrás o amigo Wilson Paulo Bettega nos procurou solicitando um meio de publicar suas pesquisas, reflexões e conclusões pessoais sobre o Cosmo.
Wilson, nascido em outubro de 53 em Curitiba, é Engenheiro Civil pela PUC-PR, especialista em Engenharia de segurança do Trabalho e Especialista em Engenharia Florestal pela UFPR. Exerceu diversos cargos administrativos de destaque na UFPR e atualmente é Professor do Dep. de Transportes da UFPR.

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MOVIMENTO DE ROTAÇÃO E TRANSLAÇÃO E A OSCILAÇÃO DOS CORPOS CELESTES E OUTROS FENÔMENOS RELATIVOS AO PLANETA TERRA.

BETTEGA, W.P.

Teoria da manivela ou engrenagem do Universo

RESUMO – Esta teoria tem como objetivo demonstrar que o movimento de rotação e translação dos corpos celestes não são fenômenos meramente causados pela explosão do Big Bang, mas são movimentos causados pelas forças gravitacionais de Newton, de variação das massas, densidades e do estado físico da matéria que os compõem, e temperaturas (energia) das várias camadas dos corpos celestes, conduzindo a um centro de gravidade oscilante e não fixo como imaginado pela Teoria Newtoniana. Ainda, esta teoria trata da interferência destas forças newtonianas e esta energia em fenômenos naturais relacionados com o planeta Terra, como vulcões, terremotos, distribuição e multiplicação das placas tectônicas, o achatamento e ilheficação do Planeta Terra, o incremento de ilhas vulcânicas entre os trópicos, a distribuição e pulverização da crosta e de porções aparentes de terra em torno do globo, e a polarização dos continentes ilhas, e também a tendência de resfriamento da terra resultando num movimento sincronizado. Esta teoria tem como objetivo também, tratar da oscilação epicicloidal do movimento de translação da Terra, e, fazer uma proposta de discussão sobre a mudança climática do Planeta.

ABSTRAT – This theory aims to demonstrate that the movement of rotation and translation of Celestial Bodies are not phenomena merely caused by the explosion of the Big Bang, but are movements caused by the gravitational forces Newtonian, variation of masses, densities and the physical state of matter that compose them, and temperatures (Energy) of the various layers of celestial bodies, leading to a center of gravity oscillating and not fixed as imagined by Newtonian Theory. Still, this theory treats of the interference of these Newtonian forces and this energy in natural phenomenon related to the planet Earth, as volcanoes, earthquakes, distribution and multiplication of plate tectonics, the squashing and islandfication of Planet Earth, an increase of volcanic islands between the Tropics, the distribution and pulverization of the crust, and of portions apparent of land around globe, and  the polarization of continents islands, and also the tendency to cooling of earth, and result a synchronous movement. This theory aims also to treat of epicycloid oscillation of translational movement of Earth, and make a proposal for discussion on climate change of planet.

O documento completo com pode ser encontrado para download em:
https://drive.google.com/file/d/0B1Hwpcd6lDHYVFZaNVFHWEVzVVU/view 

2011.12.22 – C/2011 W3 Lovejoy – Observação Areia Branca dos Assis

Nos reunimos às 3h30 na região da CIC. Todos animados torcendo por um céu bom.

Chegamos no site às 4h30, nos jogamos para fora do carro e começamos a clicar.
Uma neblina associada à poluição luminosa era o que não queríamos.

Às 4h45 já estavamos em outra posição mais favorável uns 500m na estrada.
Só alegria. O cometa estava com sua cauda dupla bem destacada, quase totalmente exposto.

A comparação com a lua nos dá vaga noção de seu descomunal tamanho.
Aproximadamente 0,04ua / 6.000.000km. 20º de céu segundo o Reginaldo.

Foram vários minutos de espetáculo. Da ponta da cauda ao final seriam aproximadamente 1h20.

Estávamos eufóricos, concentrados nas fotografias e degustação visual do fenômeno.

Em uma estrada rural, à beira da cerca. Espetáculo maravilhoso. Momento inesquecível.
De baixo para cima, da esquerda para a direita.
Marcelo Martins, Elaine Martins, Reginaldo, Fernando.
Lua e C/2011 W3 Lovejoy

A Alvorada foi dispersando a bela imagem do céu.
Restou fazer uma foto da bela lua e seguir pela estrada ao lado desta fiel companheira.

Compensou abreviar o sono e apreciar o raro espetáculo entre amigos.