Observação – 05 e 06 de abril

Depois de muita espera e um início de 2013 praticamente sem céu, enfim uma noite decente de observação. Sexta-feira (05/04) e sábado (06/04), o grupo Nevoeiro finalmente se reuniu para apreciar as noites estreladas.

Na sexta-feira, sem vento, com temperatura agradável e sem a Lua para “atrapalhar”, 5 membros do grupo se dirigiram até uma fazenda em São Luiz do Purunã. Com os equipamentos do Fernando, Glauco, Reginaldo, Marcelo e da Elaine, a noite foi muito proveitosa. Enquanto o Glauco dedicava a noite para tirar fotos, Marcelo aproveitou para inaugurar oficialmente o novo 254mm adquirido recentemente.

Entre os objetos observados estão:

  • Ômega do Centauro
  • Carinae
  • Saturno
  • Júpiter
  • Órion e o Trapézio
  • Antenae
  • Black Eye
  • Tripleto em Leão
  • Caixa de Jóias
  • Blue Planetary
  • Sombrero
  • Centaurus A
  • Nebulosas da Lagoa e Trifídia
  • M3
  • M5
  • M80
  • M83
  • M4
  • M68

Com o cansaço batendo, lá pelas 3h o Marcelo e a Elaine começaram a desmontar os equipamentos para ir embora. Glauco, Fernando e Reginaldo aproveitaram mais um pouco a noite, encerrando as atividades da sexta-feira por volta das 4h da manhã. Seguem algumas imagens feitas pelo Fernando, Glauco e Reginaldo.

Lagoa e Trifidia

Lagoa e Trifidia

Sombrero

Sombrero

Grande Nuvem de Magalhães, 9min e 30s de exposição,

Grande Nuvem de Magalhães, 9min e 30s de exposição,

Antares e Rho Ophiuchi, 6 minutos de exposição, logo acima da PL de Curitiba

Antares e Rho Ophiuchi, 6 minutos de exposição, logo acima da PL de Curitiba

3372 C92BRTNB10h45	-59º52'	 Eta Carinae	CAR © Fernando

3372 C92 BRTNB 10h45 -59º52′ Eta Carinae CAR
© Fernando

No sábado, embora a previsão não garantisse um céu tão bom quanto do dia anterior, a dose de observação foi repetida. Fernando, Elaine e Marcelo marcaram presença. De fato, o céu não estava dos melhores, mas foi possível ver bastante objetos mesmo assim.

Para inaugurar a lista, Júpiter. Depois vieram:

  • M44 (Presépio)
  • M67
  • M41
  • Beta de Monoceros (sistema ternário de estrelas)
  • Ghost of Jupiter
  • Black Eye Planetary
  • M53
  • Tarantula

Vimos vários meteoritos, a maioria em Órion no oeste e a Elaine viu um bólido que deixou rastro no leste. No sábado, por causa do céu fechado, a observação encerrou próximo à 0h.

Agora sim, podemos considerar o ano de 2013 inaugurado para observações. E que venham muitos outros finais de semana como este.

Crab Nebula

A saída do dia 03/jan não deu certo, tempo instável e com chuva. E nuvens de horizonte a horizonte.

Bom, paciência… vamos ver no decorrer da semana.

Na última saída do ano passado, seguindo a orientação do Stellarium, eu avistei a Crab Nebula. Asterismo fraquinho, fiquei até meio chateado. Uma fumacinha no meu tele… puxa, por que será que falam tanto dele. Nosso colega o Felipe, foi pesquisar depois e postou o seguinte na nossa lista:

Lembro que ontem de noite o Martins, o Leandro e o Filó sofreram para
focalizar a Crab Nebula e todo mundo ficou se perguntando porque ela
era tão famosa, já que era um objeto bem difuso e de magnitude bem
fraca. Estava lendo sobre ela no livro ‘Universe – The Definitive
Visual Guide’ e aprendi que a Crab Nebula é o resto de uma supernova
que era muito visível em 1054. A Crab Nebula também foi o primeiro
objeto catalogado por Charles Messier e é o único objeto resultante de
uma supernova listado por Messier.

Da Wikipedia:

“””
First observed in 1731 by John Bevis, the Crab Nebula corresponds to
the bright SN 1054 supernova that was recorded by Chinese and Arab
astronomers in 1054. The nebula was independently rediscovered in 1758
by Charles Messier as he was observing a bright comet. Messier
catalogued it as the first entry in his catalogue of comet-like
objects. The Earl of Rosse observed the nebula at Birr Castle in the
1840s, and referred to the object as the Crab Nebula because a drawing
he made of it looked like a crab.[4]

In the early 20th century, the analysis of early photographs of the
nebula taken several years apart revealed that it was expanding.
Tracing the expansion back revealed that the nebula must have become
visible on Earth about 900 years ago. Historical records revealed that
a new star bright enough to be seen in the daytime had been recorded
in the same part of the sky by Chinese and Arab astronomers in
1054[5][6] Given its great distance, the daytime “guest star” observed
by the Chinese and Arabs could only have been a supernova—a massive,
exploding star, having exhausted its supply of energy from nuclear
fusion and collapsed in on itself.

Recent analysis of historical records have found that the supernova
that created the Crab Nebula probably appeared in April or early May,
rising to its maximum brightness of between apparent magnitude −7 and
−4.5 (brighter than everything in the night sky except the Moon) by
July. The supernova was visible to the naked eye for about two years
after its first observation.[7] Thanks to the recorded observations of
Far Eastern and Middle Eastern astronomers of 1054, Crab Nebula became
the first astronomical object recognized as being connected to a
supernova explosion.[6]

Fontes:
http://en.wikipedia.org/wiki/Crab_Nebula
http://en.wikipedia.org/wiki/SN_1054

M1 Crab nebula

M1 Crab nebula

Muito legal a informação Felipe. Obrigado pela aula 🙂